sexta-feira, 27 de junho de 2008

Wall-E

Sabe quando você vai assistir um filme, com a espectativa de que vai ser um ótimo filme? Então, foi assim que eu fui ver Wall-e. E o filme, superou minhas espectativas, é genial, desde antes do começo, até depois do fim.

Antes do filme começar passa o trailer de Bolt, a próxima animação da Disney. Muito bom, tem um argumento inteligente, e dá pra se notar que os personagens também são muito interessantes, isso em menos de 2 minutos. Depois disso, como na maioria dos filmes da Pixar passa um curta. E o curta que passa em Wall-e está acima da média “Presto” é sobre um mágico e seu coelho da cartola. Muito engraçado faz você rir do começo ao fim. Ponto para a Pixar .

Depois disso, o filme. Conhecemos Wall-e e seu “bichinho de estimação”, uma barata, e os vemos num planeta terra completamente poluído e sujo, e vemos que a função de Wall-e é de limpar o planeta. E para ajudar no clima, logo no começo vemos vários “Wall-e”s desativados, ou seja, ele está sozinho no mundo.

Os filmes da Disney / Pixar são conhecido por humanizar brinquedos (Toy Story), insetos (Vida de Inseto) e outros seres. Mas ao entrar no mundo de Wall-e, vemos ele chegando em casa cansado, depois do trabalho. Nada mais humano. E após isso nos deparamos com seu hábito de colecionar “coisas”, as quais ele não faz nem idéia do que seja, mas de alguma forma tem um significado pra ele, e dentre elas vemos que ele guarda uma fita VHS de “Hello, Dolly” dentro de uma torradeira. E esse é o seu bem mais valioso, tanto que ele chega a imitar a coregrafia do filme (que é tocado num iPod, graças ao Steve Jobs, fundador tanto da Apple quanto da Pixar).

A vida dele começa mudar quando ele presencia a chegada de outro robô a Terra: “Eve”, e logo você começa a notar um Wall-e apaixonado. Se dizem que os olhos são a janela da alma, podemos ver claramente a alma deste robozinho através de seus olhos, todos os seus sentimentos, pensamentos e emoções são claros através de seus olhos e seus mínimos movimentos.

Outro ponto excepcional de Wall-e é a crítica ambiental que o filme faz, é sutil, mas eficiente, pois ao vermos a Terra com sua poluição espacial (um sem número de satélites) e os humanos todos obesos e sem locomoção própria, vemos que o alerta de Wall-e não se resume a mostrar a Terra inabitada, mas sim a despreocupação de todos quanto a isso.

Por essas e outras o filme é genial. Mas não acaba aí, os créditos também são um bônus para o filme, nele vemos o mundo pós-Wall-e mostrando sua evolução, de uma maneira artística, e nela temos referências ao trabalho de Monet, Van Gogh e muitos outros, finalizando a evolução com o início da arte digital com seus sprites mal feitos.

No fim minha conclusão de Wall-e é que apesar de ser um filme pra “crianças”, ele cativa qualquer pessoa que assistir, na sessão que eu fui tinha uma senhora de idade, se matando de dar risada das situações do filme. E além de tudo, mostra o que é o cinema, pois no filme quase não existe diálogo, são poucas frases ditas no filme, e a maior mensagem não são passadas por elas, e sim pelas imagens, pelo “interpretação” do pequeno Wall-e, dessa forma vemos que ainda hoje podemos ter ótimos filmes (quase) mudos, que ainda tem a essência do cinema.

Mas como nem tudo é perfeito, algumas críticas para a versão nacional do filme. Ao que parece, não existem cópias legendadas do filme no Brasil, e a versão dublada peca em alguns pontos. A primeira é que as músicas estão em inglês, o que eu achei estranhíssimo, pois sempre me lembro dos filmes da Disney com as canções em português, e elas são tão geniais quanto as versões originais, só pra lembrar duas “A Whole New World”/”Um Mundo Ideal” do filme Alladin é maravilhosa nas duas versões, e a música do Tarzan, que na versão americana é cantada por Phil Collins na versão em português tem também um cantor a altura, Ed Motta. E mesmo as músicas de Rei Leão, uma delas cantada por Elton John, na verão em português continuam com a mesma qualidade. E num filme onde a música em vários pontos dá uma emoção a mais, pelo fato do filme se quase mudo, muita gente perde por ter uma versão em inglês. Se a compreensão das músicas não fosse importante acho que “La vie en rose” não estaria em inglês no filme.

Outra pisada de bola é a tradução de apenas alguns elementos visuais, ou seja, a maioria das palavras que aparecem na tela estão em inglês, uma pena pois deixa o filme um pouco mais longe do espectador com essa mistura de línguas nas palavras, e deixa de fora algumas (poucas, é verdade) piadas por conta disso.

No fim assistir Wall-e é garantia de um bom filme e diversão.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Hulk Esmaga

Junto com Motoqueiro Fantasma e Justiceiro, Hulk é o personagem que mais me agrada na Marvel, e assim como os outros dois, Hulk teve seu filme, e a exemplo dos outros dois, todos acharam os filmes ruims (eu, é claro, gostei). Mas depois de assistir o novo Hulk, bom, acho que posso esquecer o último filme do Hulk (só a Jenifer Connely fazendo a Betty Ross que não vou esquecer).

Pois então, o novo Hulk é bom, não é um Homem de Ferro. Mas mostra que a Marvel Studios veio pra ficar. Edward Norton como Bruce Banner convence, mas acho que podia ser melhor, talvez o Robert Downey Jr como Tony Stark tenha elevado meu senso crítico pra adaptações de quadrinhos. O roteiro tem altos e baixos, o que é meu grande medo com a Marvel Studios, já que o roteirista oficial é Zak Penn (X-Men I, II, III, Além das Linhas Inimigas e o péssimo Elektra) mas dá pra notar que o Edward Norton mexeu bastante no roteiro, ou seja Homem de Ferro teve ótimos roteiristas, Hulk teve ajuda de um roteirista bom, mas os próximos da Marvel vão ter na sua maioria somente o Zak que é fraco. A direção é certeira, acho que Louis Leterrier é um dos pouquissimos diretores que acertam ao juntar drama com ação e lutas de tirar o fôlego, acertou em Cão de Briga, e agora acertou em Hulk também.

Numa coisa a Marvel acertou sem dúvidas, escolheu bem os atores até agora (apesar de que eu preferia a Jenifer Connely como Betty Ross, mas a Liv Tyler, ah a Liv Tyler ...), as próximas escolhas parecer ser Brad Pitt para Thor e Leonardo di Caprio para Capitão América. Se conseguirem quero ver o orçamento do filme dos Vingadores, já que vão ter que juntar essa turma toda, Capitão América (Leonardo di Caprio?), Thor (Brad Pitt?), Hulk (Edward Norton) e Homem de Ferro (Robert Downey Jr).

Agora é esperar pelos próximos filmes da Marvel, e torcer para que as especulações sobre o filme de "Runnaways" criado por Brian K. Vaughan (co-produtor e roteirista de Lost, e o MELHOR roteirista de quadrinhos atualmente), meu chute pra diretor é que seja Joss Whedon (Buffy, Angel e Firefly) que é atualmente o roteirista da série nos quadrinhos, como ele gosta de personagens femininos (e os personagens principais de Runnaways são femininos) aposto que se for escolhido vai ser demais. Outro boato que está rolando e esse se acontecer vai ser incrível, pois é outro personagem que eu acho demais Doutor Estranho, e o melhor o diretor seria Guilherme del Toro, que já mostrou que sabe filmar filmes repletos de mágica e seres sobrenaturais (Hellboy e O Labirinto do Fauno), e melhor ainda para roteirista o desejo do del Toro é nada menos que seu grande amigo Neil Gaiman, pra ser o filme perfeito só falta agora o Gaiman convidar seu amigo Dave McKean pra produção visual, eu rezo pra que isso aconteça.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Big Buck Bunny


Big Buck Bunny é mais um projeto licenciado em Creative Commons, ou seja livre.


O filme a estória de um coelho gigante, pra ser sincero o filme é bem tosquinho, o roteiro é chato, mas o que impressiona é a qualidade da computação gráfica. Coisas que ainda hoje são complicadas para serem feitas são feitas muito bem no filme (para uma produção de certo modo amadora), pode-se notar que a grama é bem feita, pêlos parecem reais (isso é complicado pra ca*), e tudo mais. Tudo isto projeto da fundação Blender que é responsável pelo programa de modelagem open-source mais completo que eu conheço, que deve pouco para os seus concorrentes pagos. O que dá pra notar, já que o filme foi feito todo usando o próprio programa, e outros aplicativos também livres.


Comparando com o primeiro projeto de filme da fundação Elephants Dream, este é significativamente pior na questão cinematográfica, mas mostra avanços computacionais. O que me anima é que o próximo projeto é não é um open-movie e sim um open-game, o projeto tem o nome Apricot, o jogo quando estiver pronto deverá ter outro nome, vide que “Elephants Dream” era o projeto Orange e “Big Buck Bunny” o projeto Peach. Mas o interessante é poder acompanhar a produção (acompanhei a dos dois filmes e estou acompanhando a do jogo), e poder ter acesso a (quase) todos os arquivos criados e utilizados. se quiser você até consegue renderizar o filme no seu próprio computador (o que eu já aviso, pode demorar alguns vários dias). Mas é uma ótima fonte de estudos de como se faz uma animação ou um jogo.