quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Pacto - Joe Hill


Livro: O Pacto
Autores: Joe Hill
Editora: Sextante
Lançamento: 2010
Nota: 3.8 pecados confessados sem querer [1 a 5]
Sinopse da editora: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida.

Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro.

Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis.

O livro conta a estória de Ig de maneira bem humorada, aterrorizante, erótica e endiabrada. É uma junção de elementos estranhos e esquisitos que já me foi apresentada no livro anterior desse mesmo autor - A estrada da noite - porém esse consegue ir mais fundo, mais além, ser mais infernal do que eu esperava.

Esse livro eu confisquei da casa da Cathy e me chamou atenção pelo autor e pela capa vermelho sangue. A leitura foi febril e rápida, com um final que eu mudaria um pouco, mas condizente com o livro todo.

Pense num livro com personagens desastrados - isso me parece já uma marca do autor - todos os planos tem problemas, alguém sempre leva tiro, ou toma facada, ou morre, ou quebra o nariz, pensa um protagonista todo destrambelhado e super poderoso. Mas a vida é assim mesmo, geralmente tudo dá errado mas está tudo certo.

Um personagem que eu gostaria que não acabasse a estória é o próprio Ig, pra onde foi, fazer o que, o que que mais deu errado na vida dele e talz...

E na página 17:
"- O mais engraçado é que eu nunca teria me inscrito para as aulas do Michael se soubesse que ele era preto. Antes de Tiger Woods não havia crioulos no golfe, a menos que estivessem carregando os tacos. Os campos de golfe eram lugares aos quais se podia ir para fugir deles. Você sabe como é a maioria dos pretos. Sempre com seus celulares, falando palavrão o tempo todo e o jeito como olham para as mulheres brancas. Mas Michael é educado. Fala como se fosse um branco. E é verdade o que dizem sobre o pau dos negros. Transei com vários brancos e nenhum era tão bem-dotado quanto Michael."

ps: Eu disse que era um humor negro? Agora já foi...

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